IVO POÇAS MARTINS (TEXTO) / NUNO CERA (FOTOGRAFIA)

TURBILHÃO

O novo Terminal de Cruzeiros é a face mais visível de uma importante reestruturação em curso do porto de Leixões, capaz de afectar a sua organização interna e a sua relação com a cidade e com a região. O edifício é uma das maiores obras de carácter público construída no norte do país nos últimos anos, e constitui também a dimensão visível do contributo da arquitectura num processo complexo de mediação de diferentes poderes em actuação e confronto no território.

André Tavares (Texto) / Valter Vinagre (Fotografia)

‘WE ARE LOVE’

Há um festival de Verão que aposta na arquitectura como argumento forte da sua programação. Ao lado da música e da experiência colectiva que atrai milhares de pessoas a um mesmo lugar num mesmo momento, o Boom quer ser um instrumento de mudança, “criar uma realidade que se relacione de forma positiva com o meio ambiente e contribua para a educação e o conhecimento”.

Pedro Campos Costa / Isabel Barbas (texto) / André Cepeda (fotografia)

NA TERRA DO FOGO

Construir na cratera de um vulcão é uma façanha destemida. O poder da paisagem parece ser avassalador e não deixar espaço para qualquer forma de arquitectura. Perante esse cenário, o projecto que venceu um concurso público em 2007 para a sede do Parque Natural do Fogo é uma combinação engenhosa de competência e processo.

Isabel Barbas (texto) / Valter Vinagre (fotografia)

Na ‘Ilha Negra’

O concelho de São Roque é o menos populoso da ilha do Pico, que, segundo os últimos sensos, tem 14 806 habitantes. Na ilha destaca-se a imponente montanha do Pico, que, com uma altitude de 2351 metros, é o ponto mais alto de Portugal. São Roque e a Casa E/C ficam por trás de um segundo edifício vulcânico, numa encosta de grande declive, voltada a norte.

Pedro Baía / Diogo Seixas Lopes (TEXTO) + Jorge Nogueira (FOTOGRAFIA)

As pedras rolantes de Montemor-o-velho

Este ano, Montemor-o-Velho voltou a fazer as festas de Santo António no Castelo. Com o projecto do Percurso Pedonal Assistido quase pronto, o Atlético Clube Montemorense decidiu organizar o arraial junto às muralhas, num terreiro abandonado em frente às ruínas da Capela de Santo António e da Torre do Relógio. O Percurso Pedonal Assistido é uma obra do município, inaugurada pouco depois, com escadas rolantes que vencem a encosta sul da colina até ao Castelo. Santo António chegou primeiro, e a população decidiu experimentar o novo caminho ainda sem os degraus a rolar. Foi, para todos, uma reconquista. Miguel Figueira, responsável pelo Departamento de Urbanismo da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho

RICARDO LIMA (TEXTO) + Nuno Cera (FOTOGRAFIA)

Muda aos 5, acaba aos 10

Com o propósito de intervir sobre uma estrutura existente, os arquitectos foram convocados para desenvolver um projecto de recuperação e transformação de um armazém em recinto desportivo, equipado com dois campos de relva sintética. Sem a carga de intervir em património histórico (o armazém funcionava como depósito de materiais de construção), a obra assumiu um carácter experimental e livre de constrangimentos. Foi nessa perspectiva que o N10-II – na sequência de uma primeira experiência bem-sucedida entre o cliente e o atelier em 2004, o N10-I – assumiu a condição de “exercício construtivo de rápida execução”.

Rui Mendes (texto) + Valter Vinagre (fotografia)

O património a quem o quer usar

Edifício na Rua dos Fanqueiros, Lisboa. Atelier José Adrião … habituámo-nos a julgar a obra à luz da adequação face ao aparato, talvez seja tempo de começarmos a julgar o aparato à luz da sua adequação face à obra. Bertolt Brecht, 1930 O Prémio Vasco Vilalva, instituído pela