ARQUITECTURA DE AUTOR

A arquitectura de autor é uma questão específica e, de certa forma, minoritária no contexto da produção da construção. Perante a coincidência de dois autores já galardoados com o prémio Secil, formados no mesmo ano e no mesmo curso de arquitectura, e que partilham, desde há um ano, o mesmo espaço de trabalho, fomos ao seu encontro para conversarmos sobre autoria e prática profissional num contexto que é cada vez mais adverso a uma certa e determinada cultura arquitectónica.

MATERIAIS: PRODUÇÃO, LABORATÓRIO, OBRA

Pensamento e construção consumam a tarefa elementar
de juntar a matéria. Os materiais constituem um património da arquitectura e dão corpo à sua força enquanto expressão, forma e significado. Matéria-prima, processamento e transformação são operações que permitem aferir em que pé se encontram hoje as empresas que fabricam e comercializam o que dá substância à arquitectura. Fomos ao encontro dos engenheiros Ângela Nunes (Secil) e Nelson Cristo (Cevalor – Centro Tecnológico da Pedra Natural de Portugal) e dos arquitectos Tânia Teixeira e Nuno Grenha (Telheiro da Encosta do Castelo, Oficinas do Convento).

AFINAL AINDA HÁ PLANOS

Num contexto de mudança no âmbito do investimento público para o desenvolvimento do território e numa conjuntura de retracção evidente do investimento privado com vista à urbanização e edificação, é necessário debater o trabalho e as tarefas dos arquitectos. Mas também é necessário compreender a situação disciplinar da arquitectura a partir das instituições públicas e das suas funções. Para averiguar os efeitos destas mudanças e algumas das incertezas que rondam a profissão, o J–A foi conversar com dois arquitectos com percursos e experiências profissionais diferentes no trabalho municipal.

Arquitectura a Prémio

J–A conversa com Renata Holod e Martha Thorne Por ocasião da cerimónia de entrega do Prémio Aga Khan para a Arquitectura de 2013, realizada em Lisboa no passado mês de Setembro, conversámos com Renata Holod, directora executiva do primeiro ciclo do Prémio Aga Khan entre 1978 e 1980, e com

TRÊS POR TRÊS, A TERCEIRA TRIENAL DE ARQUITECTURA DE LISBOA

A Trienal de Lisboa deste ano assume-se como um projecto curatorial, mais do que como uma montra para mostrar arquitectura. Procura atrair olhares remotos e falar do perto e do longe, mais do que dar lustro às pratas da casa. O J–A decidiu sondar este perto cada vez mais perto e as suas muitas dispersões, e foi escutar o discurso directo dos seus protagonistas, a sua curadora e o seu produtor, quem inventa e quem faz acontecer. O céu instável de um fim de Primavera e o pátio inclinado de um palacete na Feira da Ladra foram o cenário da conversa.

Trabalhar Além-Mar

Com a escassez de encomenda pública e privada em Portugal, muitos arquitectos têm procurado trabalho em territórios além-mar. Neste processo, Angola e Moçambique, países de língua oficial portuguesa, destacam-se como mercados apetecíveis para as indústrias de transformação do território.

O Arquitecto espontâneo

Num cenário em que os desafios económicos e sociais são cada vez mais complexos, são também cada vez mais os arquitectos que iniciam a sua prática profissional fora de um contexto tradicional de encomenda. Quer isto dizer que iniciam os seus próprios projectos, angariam fundos para os realizar, negoceiam lugares para os implementar e encontram legislação que permita a sua construção. Esta realidade questiona as estruturas tradicionais da prática e do ensino da arquitectura. Fomos ao encontro dos Assemble, um colectivo de dezoito arquitectos, para perceber de que forma trabalham, que métodos usam e se voltarão à escola.