ANDRÉ TAVARES / RUI MENDES (TEXTO) / VALTER VINAGRE (FOTOGRAFIA)

UM OFÍCIO VULNERÁVEL

Aparentemente é simples: as paredes são em betão branco descofrado, as caixilharias padronizadas em perfil misto de madeira e alumínio, os pavimentos em pedra mármore ou resina epóxi, as paredes interiores em gesso cartonado. Parece não haver nada que possa enganar.

DIEGO INGLEZ DE SOUZA

OCUPE ESTELITA

Ao longo dos quase cinco séculos de história da capital pernambucana, foram muitas as vezes em que se anunciou um “Novo Recife”. Desde a Batalha dos Guararapes, passando pelas insurreições do período colonial, imperial e republicano, ditatorial ou democrático, também foram muitas as lutas que envolveram o “Povo dos Arrecifes” e que tiveram a cidade como cenário de embates, conflito, resistência e conquistas.

PEDRO BAÍA (TEXTO) / ANDRÉ CEPEDA (FOTOGRAFIA)

EM BUSCA DE UMA ARQUITECTURA INTEGRADA

Num momento em que os centros históricos se tornaram um território apetecível para promotores imobiliários e fundos de investimento, a proposta de um processo de reabilitação gerido localmente, com tempo e cuidado, por arquitectos atentos aos recursos naturais e aos sistemas construtivos tradicionais constitui um acto de resistência ou um acto diferenciador?

ARQUITECTURA DE AUTOR

A arquitectura de autor é uma questão específica e, de certa forma, minoritária no contexto da produção da construção. Perante a coincidência de dois autores já galardoados com o prémio Secil, formados no mesmo ano e no mesmo curso de arquitectura, e que partilham, desde há um ano, o mesmo espaço de trabalho, fomos ao seu encontro para conversarmos sobre autoria e prática profissional num contexto que é cada vez mais adverso a uma certa e determinada cultura arquitectónica.

Paulo Moreira / Ana Naomi de Sousa

ARQUITECTURA REBELDE

Rebel Architecture é uma série de seis documentários televisivos de 25 minutos, produzidos pela cadeia de televisão Al Jazeera. Os filmes apresentam práticas “activistas” e “rebeldes” em situação de crise ambiental, económica ou urbana.

JOAQUIM MORENO

GOSTAMOS DA MUDANÇA

Ainda antes de esta série do J–A se concluir, uma catástrofe natural destruiu uma obra publicada nas páginas do número 250 da revista. Para um jornal que quer falar do presente, não é fácil constatar que uma Obra Feita já esteja desfeita.

IVO OLIVEIRA

UM MUNDO DE “COISAS ESTRANHAS”

Um dos males que afligem o quotidiano pode ser atribuído às concessões rodoviárias que povoaram a nossa paisagem com auto-estradas; foram processos de construção que transformaram profundamente os modos de operar no território.

IVO POÇAS MARTINS (TEXTO) / NUNO CERA (FOTOGRAFIA)

TURBILHÃO

O novo Terminal de Cruzeiros é a face mais visível de uma importante reestruturação em curso do porto de Leixões, capaz de afectar a sua organização interna e a sua relação com a cidade e com a região. O edifício é uma das maiores obras de carácter público construída no norte do país nos últimos anos, e constitui também a dimensão visível do contributo da arquitectura num processo complexo de mediação de diferentes poderes em actuação e confronto no território.

IVO POÇAS MARTINS / ANDRÉ TAVARES

O MUNDO É PEQUENO

O atelier MVCC, fundado por Mercês Vieira e Camilo Cortesão, ocupa por inteiro uma casa burguesa do Porto, uma construção típica do século XIX, a dois passos da Casa da Música. A equipa conta com aproximadamente 30 arquitectos e, desde há alguns anos, ocupa-se fundamentalmente de projectos internacionais como o Waterfront, uma obra para o Sri Lanka realizada em parceria com o Balmond Studio, o atelier londrino do celebrado engenheiro Cecil Balmond.

A EQUIPA DO J–A (TEXTO) / JORGE NOGUEIRA (FOTOGRAFIA)

AS PROFISSÕES DA ARQUITECTURA

Como todas as profissões, a arquitectura é uma forma de saber. Ser arquitecto é partilhar uma certa forma de ver o mundo, capaz de tirar partido do espaço, da cidade, das tecnologias construtivas, dos instrumentos de representação e de outros aspectos do conhecimento disciplinar, contribuindo para uma sociedade mais culta e qualificada.