PRIMEIRO OS SANTOS
Por formação e experiência, os arquitectos possuem um conhecimento muito específico sobre o mundo habitado, embora nem sempre sejam bem-sucedidos em comunicar essa visão a um público mais alargado. Poderiam ser agentes efectivos de uma transformação cultural, na maneira como o nosso território é ocupado e gerido; mas, porque os seus discursos raramente extravasam os círculos de debate disciplinar, os arquitectos tendem a tornar-se ineficazes. Uma pergunta faz sentido para contrariar esta tendência: como tornar visível um pensamento crítico de arquitectura? Para procurar uma resposta, vale a pena observar um encontro, que é frequente, entre antropologia e cinema
QUALIDADE QUANTIDADE
Estão em andamento duas obras estruturantes na capital de Moçambique, a ponte para a Catembe e a “circular de Maputo”, obras que prometem criar novos pólos de crescimento e desenvolvimento urbano, económico e social. No primeiro caso, fica a dúvida de estar a “carroça à frente dos bois”, uma vez que a ponte, orçada em 545 milhões de euros, ligará a cidade ao sul, actualmente uma zona rural e de praias com baixa densidade urbana.
RETRATO DE UMA ÉPOCA
Entre 2009 e 2012, nas páginas centrais deste mesmo J–A, regozijávamo-nos com os cartoons do arquitecto Pedro Burgos, crónicas desenhadas que respondiam aos desafios temáticos levantados pela revista.